sábado, 20 de julho de 2013

Educação e tecnologia - Planeta - Parte 1

Educação e tecnologia - Planeta- Parte 2

O papel do Diretor enquanto gestor da escola

Em 1988 é promulgada a Constituição Federal do Brasil e nos tornamos um país democrático de direito. Sendo um país democrático é inconcebível que as gestões públicas não possuam também o papel democrático, porém, no Brasil, apenas em 1996 com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que começamos a dar os primeiros passos. Determina a ampliação progressiva para a autonomia das escolas e a descentralização da gestão das escolas públicas, nos aspectos administrativos, pedagógicos e financeiros, mas se esquece de determinar a formação do Diretor, que conduzirá tarefas complexas e multifacetadas na gestão escolar.    
Art. 64: A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação escolar para a educação o básica, será feita em cursos de graduação Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida nesta formação, a base comum nacional. (LDB 9394/96)
Neste cenário, a figura do Diretor passa a desempenhar um papel decisivo e fundamental na gestão democrática da escola e que por muitas vezes pode facilitar ou dificultar a implantação dos processos participativos que envolvem a democracia pois, com a não obrigatoriedade da formação, estes profissionais acabam por não aliar a prática  à teoria, realizando a gestão apenas pelo senso comum.  
Libâneo (2003, p. 276) descreve da seguinte forma este cenário:
Discutir sobre a profissionalização, significa refletir sobre a afirmação do espaço educativo, buscando a identidade profissional dos docentes, dos especialistas e dos funcionários da educação, a fim de debater sobre a totalidade do ato educativo, sobre as relações que se estabelecem no interior das escolas, na atual conjuntura educacional, ante as aceleradas mudanças sociais, culturais, científico-tecnológicas, políticas e econômicas do País.

Na atualidade, esta proposta encontra-se presente nos discursos de gestão educacional. A legislação passa a impor critérios de participação da comunidade escolar e passa a acompanhar os Diretores mais de perto, na qual a participação da sociedade nas decisões e na fiscalização dos recursos financeiros se tornam cada vez mais presentes, devido ao critério de transparência adotado pelas políticas públicas.
Sendo assim, os Diretores escolares enquanto gestores, devem ser capazes de trabalhar em equipe, ser o facilitador das resoluções de problemas do grupo, identificando as suas limitações e a necessidade de capacitação de sua equipe, para que possam adquirir habilidades necessárias para uma formação de qualidade, ser responsável administrativamente e financeiramente pela instituição e ainda realizar o papel pedagógico próprio da educação.
A respeito dessas habilidades, destaca-se a do diálogo como um componente necessário para a direção. É através do diálogo aberto e através da facilidade de se relacionar com todos envolvidos no processo educacional é que o Diretor deverá ter a firmeza, a clareza, a calma e a prudência nos momentos de conflitos; a disponibilidade de ajudar e encorajar nos momentos de desânimo; incentivar e motivar nos momentos  de entusiasmo. Luck (2000, p.21) esclarece que: “Os gestores educacionais devem conscientizar-se de que seu papel na escola de hoje é muito mais de um líder que de um burocrata.”. Bordignon (1996, p.103) acerca deste papel nos diz:
Esta função requer um profissional com uma visão da educação que não restrinja ao espaço escolar, capaz de perceber e trabalhar a dimensão política, humana e técnica da educação. O diretor é o mediador das relações na escola, não só dos atores internos, mas de todos os atores sociais que se relacionam com a escola.            
           
            Neste sentido, a função de Diretor escolar é realmente crítica e nos traz preocupação em torno dos aspectos de sua formação, principalmente por que os sistemas educacionais os travam com suas burocratizações e os cobram pela guarda dos patrimônios escolares. É nessas horas em que falta a formação, que somada à experiência e à maturidade, fariam a diferença.
Neste universo, no qual a astúcia, a ética e a responsabilidade são elementos presentes e contínuos para a condução da gestão é exigido do Diretor o controle do seu próprio poder e da sua equipe escolar.  

Referência:
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases das Educação Nacional. MEC
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, José Ferreira, TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas, estrutura e organização. Coleção: Docência em formação –Saberes Pedagógicos. São Paulo: Cortez, 2003.

LUCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto a Formação de seus Gestores. Em Aberto, Brasílias, v. 17, n.72, p.11 -33, fev/jun. 2000.


BORDIGNON, Genuíno. A formação do Administrador da Educação e a questão da qualidade: análise de uma experiência. Revista Brasileira de Administração da Educação, Porto Alegre, v. 12, no 1, p. 1-123, jan-jun – 1996.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Gestão Escolar.wmv

Gestão de tecnologias na Escola

FICHAMENTO

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Gestão de tecnologias na Escola. Biblioteca do curso de Gestão Escolar e tecnologias/UNB, Brasília, 2013. Disponível em : http://www.tvebrasil.com.br/salto - Boletim, 2002. Acesso em: 07/08/2004.

Resumo:
A autora inicia o texto com um breve comentário contendo a sua visão positiva no uso das TIC’s no contexto da Gestão escolar e na prática pedagógica.
Nesta visão positiva da inserção das TIC’s no contexto escolar percebe-se que a autora da ênfase ao processo de comunicação da rede colaborativa que se forma na comunidade escolar.
A autora dá destaque a importância da formação continuada não só dos professores mas de toda a comunidades escolar e em especial ao gestores.
Ela apresenta o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), fruto de uma parceria do Ministério da Educação (MEC) com a Secretária de Educação a Distância (SEED), que englobam cursos presencias e à distância para a especialização lato sensu de educadores e apresenta um exemplo de formação de 340 diretores e coordenadores de escolas públicas, que aconteceu na modalidade semipresencial na região norte do Brasil. 

E finaliza o seu texto enfatizando a importância da formação continuada de educadores ; sejam eles professores, gestores ou técnicos administrativos; para a formação de redes colaborativas de aprendizagens apoiadas em ambientes virtuais e no uso de TIC’s. 
2) Citações principais do texto:
“TIC na escola, principalmente com o acesso à internet, contribui para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a criação de comunidade colaborativa que privilegiam a comunicação.”(p.1)
[...] a criação de comunidades e culturas colaborativas de aprendizagem, intercambio e colaboração é a qualidade da interação, quer presencial ou a distância, cuja a criação poderá viabilizar-se a partir da formação continuada e em serviço do educador.”(p.2)
“A importância da formação de todos os profissionais que atuam na escola, fortalecendo o papel da direção na gestão das TIC e na busca de condições para o seu uso no processo de ensino e de aprendizagem.”(p.4)
“O papel do gestor não é apenas de promover condições para o uso efetivo das TIC’s em sala de aula, e sim que a gestão das TIC’s na escola implica gestão pedagógica e administrativa do sistema tecnológico e informacional.”(p.5)
3) Comentários:
De acordo com a  autora as TIC’s adentraram na escola como uma ferramenta administrativa que visava controle e agilidade de atividades administrativas, mas que aos poucos foi se transformando em uma ferramenta pedagógica de informação e comunicação que deve ser articulada com outros espaços para a produção de conhecimentos.
Além disso a autora afirma que: a formação de educadores com a utilização das TIC’s, articuladas com a realidade escolar, pode proporcionar, à gestão escolar, a superação de problemas, através do conhecimento de novos paradigmas e metodologias que visem transformar o fazer profissional.
4)Questionamento

            Como estão em 2013 as escolas da região norte do Brasil, que participaram do Projeto ProInfo desenvolvido pela PUCSP em parceria com a UFPA, após a formação de seus educadores?

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fichamento- Funções e papéis da tecnologia

FICHAMENTO

VIEIRA, Alexandre Thomaz. Funções e papéis da tecnologia. São Paulo, PUC-SP, 2004.


Resumo:
O autor traz os benefícios que a tecnologia pode proporcionar para a gestão escolar. Ele apresenta e diferencia os conceitos  de: dado, informação e conhecimento e detalha como um dado se transforma em informação e em conhecimento. Ele defende que o ambiente informatizado, com o objetivo de gerenciar dados e informação, permite a criação e a melhora do fluxo de conhecimento.
O autor ainda descreve de forma sintetizada algumas considerações para implantação de um sistema no ambiente escolar. E termina o texto com algumas questões que subsidiaram  na formulação de objetivos para a implantação de tecnologias nas instituições escolares.  
2) Citações principais do texto:
“Os dados são conjuntos de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos.” (p. 1).
“A informação é uma mensagem.” (p. 2).
“O conhecimento tem caráter humano e é mais amplo, mais profundo e bem mais rico do que os dados e as informações.” (p.3).
“... ter um ambiente com tecnologia em que o conhecimento possa fluir constantemente, temos que criar condições para que um determinado conhecimento possa ser acessado, seja por meio de relações diretas (presenciais ou virtuais) entre as pessoas que os detêm ...”(p.5)
“A criação de um ambiente informatizado, que tenha como objetivo gerenciar dados e informações para permitir a criação e melhoria de conhecimento sobre os processos da escola requer de nossa parte, muito bom senso.”(p.5)
3) Comentários:
De acordo com o autor os dados se transformam em informações e que se trabalhadas com o auxilio da tecnologia será um grande aliado para que o fluxo de conhecimento esteja presente na instituição escolar.
O processo de implantação exige do gestor alguns cuidados específicos como organização do sistema, construção de grupos, cultura organizacional, auto-organização. 
4)Questionamento
O processo de implantação não deveria passar pela avaliação da comunidade escolar?